
Autora de Não Ficção
Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Especialista em Aspectos Peridiológicos da Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e em Língua e Texto: Análise e Produção pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Graduada em Letras Português-Inglês e respectivas Literaturas pela Facepal e em Língua e Literatura Espanhola pela Unoesc. Membro do Grupo de Pesquisa do Campo Discursivo e do Núcleo de Estudos em Linguística Aplicada (UFSC). Desde 2001, é professora e pesquisadora de Língua Portuguesa na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc Xanxerê).
Dedica-se à formação de professores, no curso de Pedagogia. Fez parte de forma nuclear da organização das 21 edições do Concurso de Oratória do curso de graduação em Direito e foi coordenadora do Projeto de Extensão Universitária Direito e Cárcere: Remição da Pena pela Leitura, dessa mesma instituição. Vencedora de Concurso Literário Nacional da Caixa Econômica Federal, obteve publicação de capítulo na obra Gente de talento. É autora de vários artigos em revistas científicas e obras coletivas e do livro Língua e Direito: uma relação de nunca acabar.
Orcid: 0000-0002-9208-6205.
Não Ficção
Leitura e Cárcere
(entre)linhas e grades, o leitor preso e a remição de pena

Sinopse oficial:
Este livro reflete sobre o papel da leitura para sujeitos no cárcere. É só uma moeda de troca dos presos pela diminuição de dias da pena na prisão ou pode provocar neles reflexões e identificação? Diante de condições tão agudas, corpos depositados e neutralizados num ambiente hostil, em condições inimagináveis, a leitura pode desencadear experiência de fruição? O leitor preso consegue se ver no personagem da obra lida e escapar da sua dura realidade atrás de grades? Direito de ler para um sujeito de direito sem direito? Será que os direitos podem ser respostas às faltas produzidas pelo próprio Estado? O direito de leitura na prisão consegue remediar faltas?
Tendo em mente que, ao pensar soluções para uma realidade, devemos tirá-la da invisibilidade e considerando a potência da literatura, a autora de Leitura e cárcere nos leva a refletir sobre essas questões e uma pluralidade de outras mais: modo de funcionamento dos sistemas de segurança e de justiça, condições do sistema penitenciário, fins e justificativas da pena, desigualdade social, o que diz a letra da Lei e o que se vê na realidade… Enquanto o discurso da Lei grafa direitos que garantem aspectos de humanidade, o discurso da prisão (a)grava, no corpo e na alma do sentenciado, castigos e sofrimentos.
A leitura deste texto impactante convida a adentrar nos muros da prisão e contribui para tornar menos opaco o discurso sobre a leitura como dispositivo de remição de pena, sob as regras da Lei, no Brasil. Por meio de entrevistas efetuadas com apenados do Presídio Regional de Xanxerê, em Santa Catarina, Leitura e cárcere analisa os dizeres desses presos e investiga a tensão entre o dito e o não dito, as marcas explícitas ou implícitas nessas falas: a negação, os pré-construídos, as interpelações do inconsciente. Nas enunciações desses sujeitos presos, súplicas por olhares e escutas. No dizer de um entrevistado: “tem leitura que me fez entendê, assim, que a gente tem uma vida ainda pela frente”.
Não Ficção
Língua e direito: uma relação de nunca acabar

Sinopse oficial:
Língua e Direito: uma relação de nunca acabar apresenta a relação entre ensino de língua e profissionais concernidos no segmento jurídico e sugere ao leitor que o ensino de língua pode traduzir-se em gesto de civilidade e de alteridade, de zelo acadêmico que persiste na construção de lugares de consistência intelectual e de produção de ciência.
Este livro apresenta uma pesquisa acerca do discurso sobre o ensino de Língua Portuguesa em curso superior de Direito. Questões norteiam a análise e sustentam a reflexão da autora acerca dos saberes de língua em funcionamento nesse ensino, sobre o imaginário de língua que emerge no fio do discurso de documentos institucionais, materializado nos ementários de componentes curriculares de Língua Portuguesa de uma graduação em Direito e a respeito de quais marcas do percurso da historicidade do Ensino de Língua Portuguesa no Brasil – políticas linguísticas – são constitutivas do quadro atual do ensino de Língua Portuguesa desse curso.
Ao buscar compreender essas indagações, o fio da meada e de sustentação desta obra é a teoria da Análise do Discurso francesa de Michel Pêcheux e de seus seguidores brasileiros: trabalha-se a língua em uma relação menos ingênua, que considera a porosidade da superfície linear e desconfia do óbvio. O gesto analítico permite ao leitor aprofundar-se na teoria da Análise do Discurso para compreender a dimensão política das práticas de linguagem. A originalidade deste estudo é o núcleo temático e os documentos selecionados para os procedimentos de análise.
Neste (per)curso de leitura e de escritura, no gesto de interpretação do sujeito responsável pelo que diz, a autora tropeça nas pistas linguísticas, na materialidade dos enunciados e depara-se com sentidos e evidências distantes da neutralidade e da univocidade, provocando dúvidas, indagações, conduzindo a deslocamentos constantes entre a compreensão da teoria e dos textos.
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