Gostaria de ressaltar que esse tema foi baseado na minha História de Vida: uma breve apresentação sobre aspectos da minha formação escolar, minha vida na educação como trabalho, conflitos, barreiras, dificuldades, conquistas, percepção sobre a escola, enfim, um relato livre sobre como eu aprendeu a ser quem sou, hoje, na Educação formal.
Meu nome é Carla Magalhães de Souza, sou filha de uma mulher trabalhadora e de movimentos sociais Dona Enalva, como todos o chamam e sou mãe de três filhos: Sabrina, Samantha e Luís Augusto, sou divorciada desde 2004 e estou na área da educação desde 1994,ou seja,30 anos ensinando e aprendendo com experiências diversas.
Minha Infância
Nasci na capital de São Paulo em 10 de abril de 1974, tive uma infância bem conturbada, no qual meus pais se separaram quando eu tinha 03 anos, não tive convivência com meu pai e minha mãe como pai e mãe sempre trabalhou muito, morávamos só eu e ela, mudamos muitas vezes de casas e estudei em muitas escolas diferentes devido às mudanças de endereço. Cresci sendo forte pelo exemplo de mãe que tenho sempre envolvidas nos movimentos sociais e, ao mesmo tempo, cresci com medo, pois via minha mãe da forte e que não sabia se um dia ela faltasse na minha vida como seria, já que não tinha família em São Paulo e meus parentes por parte de mãe moram longe em Alagoas e os parentes do meu pai na Bahia, no qual cresci sem esse laço de família. Com tudo isso minha experiência na educação não se deu de forma prazerosa e muito menos marcante de bons momentos.
A Descoberta pela Faculdade de Pedagogia
Em 1991 quando estava com 17 anos cursava o Ensino Médio, no início do colegial ainda não sabia qual faculdade iria fazer, só tinha uma certeza que iria fazer algo que fosse para mudança da sociedade, já que desde pequena sempre estive envolvida nos movimentos sociais. Quando estava no terceiro ano do colegial, assim falava naquela época, uma professora de Português e que hoje é minha colega na rede municipal de Educação de Hortolândia, ela pediu para fazer uma resenha sobre o livro “A FOME” Fome é um romance escrito pelo norueguês Knut Hamsun publicado originalmente em 1890. É considerado um dos romances mais importantes da história literária da Noruega e da Europa. Com essa leitura senti o desejo enorme de conhecer melhor a Pedagogia, assim fui pesquisando sobre as áreas que a Pedagogia poderia atual, então ali tive a certeza, quero ser Pedagoga para trabalhar com Supervisão Educacional de Projetos que possam mudar o ambiente escolar e fazer com esse ambiente gere multiplicadores da Pedagogia de Valores e Atitudes.
Minha Formação Escolar
Conforme citado minha formação na infância, fundamental e colegial não tenho experiências para relatar que marcaram, pois as que têm são tristes como quando estava na terceira série do fundamental minha mãe ficou internada por seis meses e eu fiquei nas casas de Vizinhos, considerada a coitada que iria perder a mãe e no meu interior as lagrimas eram como sangue, ninguém via, mas eu sentia pelo meu corpo todo. Ao estar no Ensino Médio e descobrir a Pedagogia, ai, sim, veio o encanto e o desejo de fazer a diferença e aprender com a sociedade o que podemos fazer para transformar em um bem maior para o máximo de pessoas que possamos levar a Educação. Prestei em 1994 faculdade de Pedagogia na PUCCAMP e assim foi cada dia mais me apaixonando pela educação, em especial pela EJA Educação de Jovens e Adultos e por Projetos Educacionais que envolvam além dos muros da escola. Concluir minha faculdade em 17 de dezembro de 1998, mas já havia iniciado a docência desde 1994.
Minha vida na educação como trabalho
Inicie minha vida na Educação em 1994 em uma escola da rede estadual de ensino na cidade de Hortolândia, a escola era considerada de zona rural e a diretora chamava Terezinha Santiago, sou grata a dona Terezinha, no qual foi minha primeira líder e ensinou como eu deveria ensinar, aprendi muito lá. Passei por várias escolas da rede estadual porque na época era professora ACT (admitida em caráter temporário), ainda não havia concluída a faculdade e conseguir aula na rede estadual era uma luta, trabalhava manhã e tarde e a noite fazia faculdade, era muito corrido, porque neste mesmo tempo eu já era casada e mãe. Tive uma experiência fantástica de 3 anos no PRODECAD uma escola dentro da UNICAMP para filhos de funcionários, no qual destaco os brilhantes Projetos Educacionais. No ano de 1998 abri uma escola de educação infantil, no qual só fechei devido a minha separação conjugal. Em 2001 passei no concurso da rede municipal de educação de Hortolândia, onde estou até hoje. Na rede municipal já trabalhei com infantil, fundamental, EJA, formação, coordenação, direção escolar e supervisão educacional.
Conflitos
Eu tenho alguns conflitos internos, vejo como algo que preciso melhorar. Sou proativa e às vezes as pessoas confundem minha característica, eu gosto de fazer e envolver as pessoas neste fazer, cria conflitos porque muitas vezes o comodismo ou ansiedade são características bem diferentes, chegar ao ponto de conclusão gera conflitos. Gosto muito de compartilhar, saber e inserir no que eu acho que possa contribuir, na educação muitas vezes as pessoas se fecham, pois parecem ter medo de compartilhar de forma humilde como ensinar e aprender sempre.
Barreiras
A Minha maior barreira é sempre se colocar no lugar do outro, aí sofro muito, não sou a salvadora, mas os problemas do outro ou dificuldade me fazem pensar muito em como posso ajudar, se não posso ajudar me sinto mal e até em crise sentimental.
Dificuldades
Tenho dificuldade em lidar com situações que envolva criação de conflitos, ou seja, a situação pode ser resolvida, mas tem pessoas que criam obstáculos em tudo, falta vontade de resolver o problema e atacam pessoas.
Conquistas
Minha maior conquista é a Supervisão Educacional, meu cargo atual, quero muito um dia trabalhar na supervisão educacional com um grande Programa que envolva setores e toda comunidade escolar por Valores e Atitudes.
Percepção sobre a escola
Vejo a escola como espaço de múltiplas vivências para comunidade, mas que falta muito ainda para chegar ao ideal.
Como eu aprendo a ser quem sou
Tenho um desejo enorme de aprender e multiplicar o que aprendi para aprender novamente.
Porque admiro meus líderes
Venho através destas linhas descrever o que significa liderança no meu conceito e na atualidade, sou pedagoga e trabalho na área da educação desde 1994, no qual de lá para cá já passei por diversos critérios de liderança e no qual repasso o que já vivenciei, pois agregue valor à sua liderança… “lembrar uma grande verdade é algo admirável, mas aplicar uma grande verdade na vida é sinal de sabedoria.” William A. Ward.
Liderança é…
1) Disposição de assumir riscos;
2) Desejo apaixonado de fazer diferença;
3) Sentir incomodado com a realidade;
4) Assumir responsabilidade enquanto outros inventam justificativas;
5) Enxergar as possibilidades de uma situação enquanto outros só conseguem ver as dificuldades;
6) Disposição de se destacar no meio da multidão;
7) Abrir a mente e o coração;
8) Capacidade de subjugar o ego em benefício daquilo que é melhor;
9) É evocar em quem nos ouve a capacidade de sonhar;
10) Inspirar outras pessoas com uma visão clara da contribuição que elas podem oferecer;
11) É o poder de potencializar muitas vidas;
12) Falar com o coração ao coração dos liderados;
13) Integração do coração, da mente e da alma;
14) A capacidade de se importar com os outros e, ao fazer isso, liderar as ideias, a energia e a capacidade dessas pessoas;
15) É o sonho transformado em realidade;
16) É acima de tudo, coragem!
Conforme autor John c. Maxwell liderança é viver o outro através de valores e atitudes!
Carla Magalhães De Souza – Graduação: Pedagogia
Pós-Graduação Em Especialização Em Pedagogia Do Movimento E “Escola Pública: Relações Com O Saber Que Afetam Projetos De Vida E Trabalho” E Extensão Em Gestão De Formação Continuada Para Professores Multiplicadores Para Educação De Pessoas Jovens E Adultas, Programa De Formação De Professores Alfabetizadores E Gestão De Qualidade De Vida.
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