A importância da leitura no desenvolvimento das pessoas

Para formação do ser humano, seja ela social ou intelectual, a leitura constitui-se um subsídio de extrema importância, então, por que não ler?

Percebendo a necessidade, importância e o poder do gosto pela leitura, queremos incentivar a formação do hábito de ler na idade em que todos os hábitos se formam, isto é, na infância. É o que este artigo vem propor.

Neste sentido, a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa, colaborando com desenvolvimento social e emocional. O presente estudo contém uma breve contextualização da literatura infantil, a importância de ouvir histórias e do contato da criança desde cedo com o livro e finalizando com a leitura e sua função. A construção desse trabalho efetivou-se a partir da necessidade de levarmos ao conhecimento da sociedade, dos pais, responsáveis e professores, sobre o poder do hábito da leitura, deu-se por meio de pesquisa bibliográfica e em sites. A leitura é um meio pelo qual qualquer indivíduo tem acesso ao conhecimento, independentemente do tema. Ler desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico, e amplia a habilidade na escrita. Concluímos que para formação do ser humano, seja ela social ou intelectual, a leitura constitui-se um subsídio de extrema importância, então, porque não ler.

O estudo realizado tem por objetivo, verificar a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança. Ao longo dos anos, a educação preocupa-se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, responsável e atuante na sociedade. Isso porque se vive em uma sociedade onde as trocas sociais acontecem rapidamente, seja através da leitura, da escrita, da linguagem oral ou visual.

Esta pesquisa visa a enfocar toda a importância que a literatura infantil possui, ou seja, que ela é fundamental para a aquisição de conhecimentos, recreação, informação e interação necessários ao ato de ler. Nota-se a necessidade da aplicação coerente de atividades e momentos que despertem o prazer de ler, e estas devem estar presentes diariamente na vida das crianças, desde bebês. Conforme Silva (1997, p.57) “bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de prazer e conhecimento. Descobrir estes sentimentos desde bebezinhos poderá ser uma excelente conquista para toda a vida”.

A pesquisa do tema surge, para estimular e fomentar o interesse em conhecer a necessidade de levar as pessoas, principalmente as crianças, a descobrir quão importante e interessante é o contato com a leitura.

Percebendo que muitos adultos e crianças não tem o habito de ler, ou assim fazem por obrigação. Queremos incentivar e motivar a leitura para todos. O conhecimento das histórias, o contato com os livros e com a leitura em si vai além de dados decodificados que precisam ser compreendidos, e com isso criar um sentido considerando à contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social e emocional das crianças e ampliando os horizontes do leitor.

O exposto trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, com a proposta de seleção de leituras seletiva e reflexiva, que consiste no estudo relacionado à temática abordada. Para tanto, foram utilizados livros, periódicos, artigos, sites da internet, entre outras fontes.

O ato de ler e de ouvir histórias, além de proporcionar ao leitor um conhecimento amplo e diversificado sobre vários assuntos. Ler desenvolve a criatividade, a imaginação, a comunicação, o senso crítico, e amplia a habilidade na escrita.

A leitura é imprescindível para o desenvolvimento da criança

A prática da leitura advém dos primórdios da civilização, quando o homem busca por compreender os sinais por meio de uma leitura interpretativa em face das anotações de seus antepassados. O aprimorar deu-se com o surgimento da escrita formal, em que a sociedade passa a buscar por normatizar as informações a serem disseminadas. Por consequência das distâncias que os homens passaram a produzir no tempo, surgem às cartas e outros mecanismos escritos para se comunicarem.

A observação de Bajard (1994, p. 16), de que “[…] a invenção da escrita ocorreu não para duplicar o oral, mas para completá-lo”, nos ajuda a compreender que a leitura tem, de fato, a função de informar, de apresentar um tema, um assunto que complete o leitor. Numa perspectiva de assimilação da amplitude de mundo, num todo. Com a leitura, ao longo dos tempos, tem sido transmitido, de geração a geração, a imagem em codificação escrita do mundo, dos sentimentos humanos.

A evolução humana passa, necessariamente, pelo crivo da leitura, seja ela da escrita tal qual conhecemos hoje, ou das imagens gravadas pelos nossos ancestrais.

As mudanças desenfreadas que vem ocorrendo na sociedade, principalmente marcadas pelo avanço tecnológico, tem causado preocupação nas instituições escolares com relação ao hábito da leitura. Mediante tais colocações, as crianças estão cada vez mais distantes de adquirir o hábito de ler, talvez por falta de motivação e incentivo. A literatura tem uma grande importância no desenvolvimento de todo ser humano, e é primordial para a formação dos indivíduos e pode desenvolver um senso crítico e com isso pode inspirar nas mudanças da sociedade, resolver problemas e compreender o mundo.

No desenvolvimento infantil a literatura desperta a criatividade, imaginação, expande o vocabulário, melhora a escrita e a forma oral, além de também desenvolver o senso crítico com melhor visão e compreensão do mundo ao seu redor, ou seja, a criança se torna um ser mais reflexivo e crítico desenvolvendo o seu pensamento e sua opinião sobre a sua visão frente ao seu ambiente social.

Nesta linha de raciocínio, Souza afirma que:

Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade (SOUZA, 1992, p. 22).

Por meio dessa citação pode-se afirmar que a leitura é fundamental, as crianças enquanto sujeitos formadores dos seus saberes devem estar em constante contato com o mundo das letras, pois tendo convívio constante com a leitura é que vão criar gosto pela mesma.

Os primeiros livros direcionados ao público infantil, surgiram no século XVIII. Autores como La Fontaine e Charles Perrault escreviam suas obras, enfocando principalmente os contos de fadas. De lá para cá, a literatura infantil foi ocupando seu espaço e apresentando sua relevância. Com isto, muitos autores foram surgindo, como Hans Christian Andersen, os irmãos Grimm e Monteiro Lobato, imortalizados pela grandiosidade de suas obras. Nesta época, a literatura infantil era tida como mercadoria, principalmente para a sociedade aristocrática. Com o passar do tempo, a sociedade cresceu e modernizou-se por meio da industrialização, expandindo assim, a produção de livros.

A partir daí os laços entre a escola e literatura começam a diminuir, pois para adquirir livros era preciso que as crianças dominassem a língua escrita e cabia a escola desenvolver esta capacidade. De acordo com Lajolo & Zilbermann, “a escola passa a habilitar as crianças para o consumo das obras impressas, servindo como intermediária entre a criança e a sociedade de consumo”. (2002, p.25).

Até as duas primeiras décadas do século XX, as obras didáticas produzidas para a infância, apresentavam um caráter ético-didático, ou seja, o livro tinha a finalidade única de educar, apresentar modelos, moldar a criança conforme as expectativas dos adultos. A obra tinha dificilmente o objetivo de tornar a leitura como fonte de prazer, retratando a aventura pela aventura. Havia poucas histórias que falavam da vida de forma lúdica, ou que faziam pequenas viagens em torno do cotidiano, ou a afirmação da amizade centrada no companheirismo, no amigo da vizinhança, da escola, da vida.

A literatura infantil pode influenciar na formação da criança, que passa a conhecer o mundo em que vive e a compreendê-lo. Assim como destaca Cervo (2001, p. 16) “A leitura para a criança não é, como às vezes se ouve, meio de evasão ou apenas compensação. É um modo de representação do real. Por meio de um “fingimento”, o leitor reage, reavalia, experimenta as próprias emoções e reações.” Ao contemplarmos esta afirmativa vemos como a leitura e a sua utilização pode promover condições de aprendizagem e relaxamento, buscando um aprendizado fluente.

A leitura possibilita que as pessoas sejam inseridas num mundo comunicativo, e que através desse código, elas possam se relacionar, de várias formas, obter conhecimento e se comunicar de maneira totalmente compreensível.

Neste sentido, Batista (2013) explica que a leitura é fundamental para que o ser humano seja inserido na sociedade. A leitura possibilita acesso a informações, a melhoria e o aumento do vocabulário, bem como o desenvolvimento da concepção crítica sobre os mais diversos assuntos, melhorando o interesse pela busca do conhecimento acerca de assuntos diversos. A leitura pode, também, contribuir para a formação de relações sociais, e no caso da criança, a leitura precisa ser ensinada ao passo que se explica o seu significado, para que este aprendizado seja mais motivador. Deste modo, é interessante que a criança fique atenta à leitura e explicação da mesma, apresentando a leitura como um momento lúdico, que envolve fantasia e diversão.

A leitura se faz importante na humanização da criança diante da realidade social, uma vez que, ler remete a um despertar do senso crítico, contribuindo de alguma forma para a sociedade. (…) o início da vida da criança é marcado pela intensidade do desenvolvimento intelectual, físico, emocional e moral da criança, assim, ela passa a construir um processo de humanização. A criança, por estar em relação com a sociedade e seus costumes, se apropria do mundo, desenvolvendo uma forma de refletir sobre ele, aprendendo a atuar no mesmo. Assim, a educação infantil mostra-se fundamental na construção de uma consciência humanizada, que valorize o ser humano e que perceba como atuar na sociedade (SILVA e ARENA, 2012, p. 23). O grande desafio atualmente das escolas é transformar seu ambiente em um espaço agradável para as crianças, pois a tecnologia é um dos grandes empecilhos para esse fazer pedagógico.

Para Sousa (2004), as primeiras experiências que as crianças têm com os livros devem ser impulsionadas pelos adultos, pelos que estão ao seu redor, até mesmo porque a criança tem uma necessidade constante de imitar os adultos que conhece. É fundamental que se aguce a curiosidade que a criança já tem, transformando a leitura num processo agradável e que valorize a riqueza de detalhes, com uma interpretação que fascine a criança. Portanto, é fundamental que o adulto transforme a leitura numa prática que desperte a curiosidade infantil e valorize cada detalhe contado, em casa e na escola.

Já na instituição escolar, o educador precisa pensar em métodos pedagógicos para organizar e explorar a leitura na escola, visando sempre buscar o desenvolvimento infantil, promovendo o potencial criativo e intelectual, através da construção de significados e conhecimentos que auxiliem a criança na interação social, ou seja, a leitura precisa ser usada como ferramenta do ensino lúdico, proporcionando prazer e descoberta (FERNANDES, 2010, p. 08). O professor é o elo norteador entre alunos, pais e escola. Nesse sentido, precisa ter consciência de que é necessário enriquecer suas práticas pedagógicas para estimular a leitura entre os alunos, apesar de saber que o processo de mudança não é fácil.

Ao passo que a leitura assume este papel de despertar o interesse e o prazer, a criança compreende a riqueza que as narrativas podem ter, a presença de seus personagens e da envolvente história que os livros podem trazer, construindo uma relação de amor e carinho pela leitura.

Segundo DeNipoti (1996, p. 82) “Foi em virtude do cristianismo que, durante a Idade Média, as técnicas pedagógicas de ensino da leitura se multiplicaram. A história da leitura nesse período é possibilitada pelo que remanesceu dessas técnicas”.

Técnicas estas que o homem foi aprimorando ao longo de sua história. Nessa conjectura, é importante considerar que a leitura é uma arte que vai passando de geração a geração. Num contexto, que vai além do saber físico, parte para conhecer o mundo e compreender a vida pelos olhos de quem escreveu.

A leitura serve de fonte de informação e aquisição da mesma. O processo de leitura configura o sentimento de liberdade de vir e ir, de escolhas.

Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, um “bom causo”, a criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua capacidade de imaginar é mais intensa.

A narrativa faz parte da vida da criança desde quando bebê, através da voz amada, dos acalantos e das canções de ninar, que mais tarde vão dando lugar às cantigas de roda, a narrativas curtas sobre crianças, animais ou natureza. Aqui, crianças bem pequenas, já demonstram seu interesse pelas histórias, batendo palmas, sorrindo, sentindo medo ou imitando algum personagem. Neste sentido, é fundamental para a formação da criança que ela ouça muitas histórias desde a mais tenra idade. O primeiro contato da criança com um texto é realizado oralmente, quando o pai, a mãe, os avós ou outra pessoa conta-lhe os mais diversos tipos de histórias.

A preferida, nesta fase, é a história da sua vida. A criança adora ouvir como foi que ela nasceu, ou fatos que aconteceram com ela ou com pessoas da sua família. À medida que cresce, já é capaz de escolher a história que quer ouvir, ou a parte da história que mais lhe agrada.
Outro fato relevante é o vínculo afetivo que se estabelece entre o contador das histórias e a criança. Contar e ouvir uma história aconchegado a quem se ama é compartilhar uma experiência gostosa, na descoberta do mundo das histórias e dos livros.

Algum tempo depois, as crianças passam a se interessar por histórias inventadas e pelas histórias dos livros, como: contos de fadas ou contos maravilhosos, poemas, ficção, etc. Têm nesta perspectiva, a possibilidade de envolver o real e o imaginário que de acordo com Sandroni & Machado (1998, p.15) afirmam que “os livros aumentam muito o prazer de imaginar coisas. A partir de histórias simples, a criança começa a reconhecer e interpretar sua experiência da vida real”.

É importante contar histórias mesmo para as crianças que já sabem ler, pois segundo Abramovich (1997, p.23) “quando a criança sabe ler é diferente sua relação com as histórias, porém, continua sentindo enorme prazer em ouvi-las”.

No mundo de hoje, tão cheio de tecnologias, onde as informações estão tão prontas, a criança que não tiver a oportunidade de motivar seu imaginário, poderá, no futuro, ser um indivíduo sem criticidade, pouco criativo, sem sensibilidade para compreender a sua própria realidade.

É importante que o livro seja tocado pela criança, folheado, de forma que ela tenha um contato mais íntimo com o objeto do seu interesse. A partir de então, ela começa a gostar dos livros, percebe que eles fazem parte de um mundo fascinante, onde a fantasia apresenta-se por meio de palavras e desenhos. De acordo com Sandroni & Machado (1998, p.16) “o amor pelos livros não é coisa aparecer de repente”. É preciso ajudar a criança a descobrir o que eles podem oferecer. Assim, pais, responsáveis e professores têm um papel primordial nesta descoberta: serem estimuladores e incentivadores da leitura.

Estágios que norteiam as fases do desenvolvimento psicológico da criança: pré- leitor, leitor iniciante, leitor-em-processo, leitor fluente e leitor crítico. Ela foi desenvolvida através do estudo trazido por Castro (2008). A autora, explica: Durante o seu desenvolvimento, a criança passa por estágios psicológicos que precisam ser observados e respeitados no momento da escolha de livros para ela. Essas etapas não dependem exclusivamente de sua idade, mas de acordo com Coelho (2002) do seu nível de amadurecimento psíquico, afetivo e intelectual e seu nível de conhecimento e domínio do mecanismo da leitura. Neste sentido, é necessária a adequação dos livros às diversas etapas pelas quais a criança normalmente passa (CASTRO, 2008, p. 4).

A leitura e sua função

A leitura serve ao propósito de levar o indivíduo a descobrir novos mundos, a interpretar a escrita de forma sistematizada e conclusa. A leitura é essencial para a inserção do ser humano na sociedade, o incentivo à leitura começa muito cedo na infância, onde a criança começa a descobrir o mundo da imaginação e descobertas. O indivíduo que não busca por compreender a escrita, se fecha e se torna prisioneiro em si. Entretanto, a leitura é libertadora, a partir do momento que a mesma passa a ser realizada de maneira reflexiva.
Bamberger (2002, p. 32) explica que “A leitura impulsiona o uso e o treino de aptidões intelectuais e espirituais, como fantasia, o pensamento, à vontade, a simpatia, a capacidade de identificar, etc.”.

É preciso entender que a função da leitura está no ser humano como o mesmo está para a leitura, ou seja, existe todo um processo de leitura da vida no mundo e do mundo na vida. Segundo Foucambert (1994, p. 30).

Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça de outro, para compreender melhor o que se passa na nossa. Essa atitude, no entanto, implica a possibilidade de distanciar-se do fato, para ter dele uma visão de cima, evidenciando um aumento do poder sobre o mundo e sobre si por meio desse esforço teórico. Ao mesmo tempo, implica o sentimento de pertencer a uma comunidade de preocupações que, mais que um destinatário, nos faz textos, seja um manual de instruções, seja um romance, um texto teórico ou um poema. (FOUCAMBERT,1994, apud COELHO, 2016, p. 4).

O percurso da leitura leva há um enorme aparato teórico.

[…] a leitura não constitui tão-somente uma ideia, com a força de um ideal. Ela contém também uma configuração mais concreta, assumindo contornos de imagem, formada por modos de representação característicos, expressões próprias e atitudes peculiares. A ela pertencem gestos, como o de segurar o livro, sentar e escrever, inclinar-se, colocar os olhos. Faz parte igualmente dessa representação a alusão a resultados práticos, mensuráveis em comportamentos progressistas. (ZILBERMAN, 199, apud COELHO, 2016, p. 4).

O hábito de leitura estimula a capacidade criadora, multiplica o vocabulário, simplifica a compreensão do que se lê, facilita a escrita, melhora a comunicação, amplia o conhecimento, acrescenta o senso crítico e ajuda na vida profissional. O contato com a leitura deve começar desde a tenra idade, como já vimos, quando as crianças estão mais flexíveis com a curiosidade aguçada.

As crianças deveriam ter o contato com a literatura desde antes da alfabetização, nem que fosse por alguns minutos por dia, uma vez que quando pequenas, elas não possuem o hábito de ficarem quietas por muito tempo, porém já seria de grande importância para a formação do indivíduo que os pais e responsáveis lessem para ele e que ele pudesse manusear livros, revistas, folheando e observando as gravuras, etc.

De acordo com Charmeux (2000, p. 88):

Ensinar leitura, portanto, é colocar em funcionamento um comportamento ativo, vigilante, de construção inteligente de significação, motivado por um projeto consciente e deliberado, e isto desde o próprio início da escolaridade das crianças, e mesmo antes que elas cheguem à escola.

Mediante o exposto, observamos que a infância é o melhor momento para o indivíduo desenvolver sua cognição, percepção e sua função sensorial com o livro. Esse contato pode estimular o pequeno leitor às descobertas e ao aprimoramento da linguagem, pois quando lemos ou ouvimos uma história nos deparamos com a possibilidade de refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre nossas atitudes e escolhas. Temos convicção de que o livro é um meio norteador que conduzirá o leitor a descobrir os mistérios e os encantamentos da vida. A pesquisa mostra a contribuição da literatura infantil no desenvolvimento social, emocional e cognitivo da criança, podemos constatar a importância que a literatura possui, ou seja, que ela é fundamental para a aquisição de conhecimentos, recreação, informação e interação necessários ao ato de ler. Conforme Silva (1997, p.57) “bons livros poderão ser presentes e grandes fontes de prazer e conhecimento.

O incentivo à leitura, a construção do objeto conceitual ler se faz ao longo dos anos escolares e fora dela também, principalmente com a participação da família da criança. É notório que o incentivo deve ser compartilhado pela escola e pela família, pois ambos são cenários importantes neste contexto.

Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é um processo constante, que começa muito cedo, em casa, aperfeiçoa-se na escola e continua pela vida inteira.

Referências

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